O caminho de Deiverson Migliati, como o de todo empreendedor, não foi fácil. Começou como estagiário nas Casa Bahia, onde chegou a coordenador da área de propaganda. Ao sair da faculdade, com 18 anos, estava dentro de sua primeira dívida: o Fies.
Em 2007, jogou tudo para o alto. Vendeu seu carro e se atirou em uma viagem de volta ao mundo que mudaria completamente sua vida. “Todo mundo me chamou de maluco, mas quando eu voltei não era mais o mesmo. Vi que existia um mundo lá fora”, relata. Foi então que começaram as mudanças.
O franqueado
Depois de ter sido demitido do seu emprego, e, 2009, juntou todo o dinheiro que pode e tornou-se franquado do Subway. Não demorou muito para comprar mais duas lojas franquiadas, além de uma do KFC.
“Fui abrindo, sempre com empréstimo no banco. Até que não consegui mais crédito e pedi para minha sogra vender um apartamento que ela tinha para eu poder continuar investindo em mais negócios. Ela vendeu”, lembra.
O objetivo de Migliati era criar seu próprio negócio com modelo totalmente diferente dos que tinha visto no Brasil.
“Fiz minhas viagens cm a mente aberta. Conheci mais de 60 países. Conheci diversos negócios. Sou apaixonado por café então sempre pensei em fazer algo relacionado, mas não sabia exatamente o quê”, relata.
O franqueador
Com referências tiradas das viagens que fez criou o Sterna Café. Tanto a decoração quanto o cardápio são referências tiradas de diversos países.
O Sterna Café traz referências às viagens de Migliati pelo mundo, tanto na decoração quanto no cardápio. Todo mês a casa oferece grãos de um país diferente para os clientes: já passaram pelo Sterna Café bebidas vindas de Uganda, Etiopia, Guatemala e Quênia.
“Temos o método japonês, que usa um coador vermelho cheio de ondulações, que fazem a água demorar mais para passar. Também temos um método batizado de Chemex, que usa um dispositivo parecido com um tubo de ensaio”, diz.
Embora tenha diversas novidades internacionais, o foco do Sterna Café é divulgar o café especial brasileiro. “Quando viajei, percebi que o grão especial que produzimos no Brasil não é consumido aqui. Minha vontade é democratizar o café bom que produzimos no Brasil”, relata.
Contando com 33 unidades hoje, sendo 17 em operação, 10 em obras e 6 em contrato assinado. Uma estratégia de suas grandes estratégias foi colocar as lojas em prédios comerciais, hospitais e centros de inovação. Dependendo da condição, os franquiados acabam liberados do pagamento de aluguel, deixando a operação mais barata.
Quanto investir?
Ter seu próprio Sterna Café fica em torno de 60 a 500 mil reais, variando de acordo com o tipo de negócio escolhido. em qualquer um dos modelos, a taxa de franquia é de 30 mil reais. O faturamento médio mensal gira em torno de 70 mil reais. E a lucratividade média de 15%, a 22%, devido a economia com o aluguel.
Seu faturamento total no ano de 2017 foi de R$ 10 milhões; a meta é fechar 2018 com 50 unidades, e um crescimento de 30% no faturamento.
Com lojas em São Paulo e Minas Gerais a empresa já possui propostas para Pernambuco, Goiás e cidades fora do país.
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