Por trás de muitas empresas há propósito, sonhos a serem realizados, desejo de impacto social ou vontade de fazer a diferença. Seja qual for a motivação do empreendedor, existe algo que todos os negócios dividem em comum: a necessidade de ter dinheiro entrando em caixa. O faturamento é necessário para tornar a empresa auto sustentável – caso contrário, acaba se tornando mais uma dívida para o gestor.
Mas a empresa que gera recursos para bancar a própria operação ainda não é considerada financeiramente saudável (ou viável). A entrada de recursos deve ser suficiente para bancar as despesas operacionais gerando ainda uma reserva (destinada ao gestor ou a investimentos futuros), para ser considerada lucrativa.
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Atingir tal patamar de saúde financeira é um dos grandes desafios empresariais, especialmente para negócios que estão apenas começando. Entre os empreendedores, reverbera a pergunta: “Por que minha empresa fatura, mas não gera lucro?”. Para entender a questão, é necessário esclarecer alguns conceitos administrativos.
DIFERENÇA ENTRE FATURAMENTO E LUCRO
O faturamento (ou receita) da empresa simboliza todo o dinheiro que entra em caixa através da venda de produtos ou prestação de serviços, incluindo também as contas a receber. É considerado a “linha de topo” por ser a primeira informação da demonstração de resultados – é o montante recebido bruto, sem quaisquer descontos. O faturamento líquido representa o valor recebido já com desconto dos impostos que incidem diretamente sobre a venda (como ICMS e IPI).
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O lucro, por sua vez, é o dinheiro que resta em caixa após todas as deduções necessárias, das mais diversas naturezas. Só existe lucro quando o faturamento é suficiente para cobrir todas as despesas do negócio e ainda gerar uma margem de respiro. O lucro pode ser categorizado em dois tipos: o bruto e o líquido. O lucro bruto é o total do faturamento líquido menos os custos variáveis (despesas relacionadas à produção). O lucro líquido é o valor que resta após todos os demais descontos, como impostos, aluguel e salários.
CUSTOS FIXOS x VARIÁVEIS
Ao visualizar a diferença entre faturamento e lucro, fica evidente que os custos operacionais (sejam fixos ou variáveis) são fator determinante na obtenção (ou não) de lucro. Compreendê-los é o primeiro passo para elaborar uma gestão estratégica do faturamento, focada na maximização de lucros.
Os custos fixos, como o nome sugere, são os mesmos todo mês; não variam de acordo com a quantidade de produtos vendidos ou serviços prestados. Aluguel, segurança e vigilância, salários, limpeza e conservação do ambiente, telefonia, internet – são alguns gastos fixos comuns a vários estabelecimentos. Os custos variáveis aumentam ou diminuem de acordo com o desempenho do negócio e, consequentemente, com o volume de produção. Estão relacionados à matéria-prima, consumo de energia e água, comissão de vendas, entre outros. Em meses de alta procura, a produção aumenta e os custos variáveis também.
COMO FAZER O FATURAMENTO GERAR LUCRATIVIDADE?
Muitas empresas contam, de fato, com uma boa entrada de recursos em caixa – mas, quando o valor é colocado na ponta do lápis, não sobra quase nada de lucro. Desta forma, a retirada dos sócios e os projetos de reinvestimento ficam estagnados, causando grande insatisfação. Este cenário costuma estar relacionado à má gestão dos custos. O foco deve estar em faturar bem e gastar o mínimo possível para manter a empresa em boas condições de funcionamento, mantendo o padrão de qualidade dos produtos ou serviços. Mas, como todo gestor bem sabe, cortar custos não é uma tarefa simples.
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Um mapeamento eficaz dos custos fixos e variáveis é indispensável para iniciar o processo de cortes. Os custos variáveis – relacionados à produção – costumam ser repassados aos consumidores, através de reajustes periódicos de preço. Buscar contratos mais vantajosos com fornecedores de matéria-prima também é uma abordagem possível. Os gastos fixos exigem um olhar mais estratégico, por serem invariáveis e indispensáveis ao negócio. Ganhar escala de produção, por exemplo, é uma forma de produzir mais a partir dos mesmos recursos – ampliando a margem de lucro da venda final.
A gestão inteligente dos custos de uma empresa é uma tarefa complexa e multifatorial. Repertório administrativo e uma visão macro sobre o negócio se fazem necessários para elaborar estratégias eficientes que não comprometam o padrão esperado pelos clientes. A rotina empresarial deixa muitos gestores sem tempo e energia para pensar nestes assuntos – por isso a assessoria contábil se faz tão benéfica aos empreendimentos. A Ação Contabilidade atua há 30 anos no mercado empresarial atendendo empresas de todos os portes e ramos, sempre com foco nas necessidades de cada cliente. Se você precisa elevar a lucratividade da sua empresa, a Ação conta com equipe altamente qualificada para elaborar soluções fiscais, contábeis e financeiras adequadas ao seu negócio. Solicite um orçamento: https://www.acaocontabilidadejoinville.com.br/contato/